SANTA MARIA - INCÊNDIO NA BOATE KISS

Escrevendo de forma lacônica, o incêndio, seguido de mortes, a maioria por asfixia, somente corrobora o grau de atraso intelectual e moral dos legisladores de Santa Maria, dos donos da boate Kiss e dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Faço uma análise concisa sobre as irresponsabilidades.

Integrantes da banda: Autênticos insensatos que não pensaram numa possibilidade de incêndio pela utilização de SINALIZADOR num ambiente fechado, com teto rebaixado. Devem ser presos por homicídio culposo (não esqueçamos que muitos sucumbiram). Onde está o bom senso dessa gente? Esqueceram na "estrada"? Faltou competência no palco pela necessidade da utilização de fogos como motivo de distração?

Donos da boate:

- Não conversaram com os integrantes para informar que o teto havia sido rebaixado?

- Não pensaram em proibir, por critérios de segurança, a utilização de fogos dentro da boate?

- Com relação à segurança, não pensaram em aumentar a porta de saída, ou criar outras saídas?

- Poderiam ter instalado sensores internos com acionamento de água!

- Construíram a boate com materiais inflamáveis...

- Parece que os dispositivos contra incêndio estavam irregulares, isto é, não havia sido realizada manutenção.

- Pela ganância, já que são empresários, venderam ingressos além da capacidade da boate, o que dificultou a saída rápida dos indivíduos: foi o que ocorreu.

- Responsáveis pela contratação de seguranças retardados, que bloquearam a saída dos jovens.

Público:

- Falta de previsibilidade quanto aos itens descritos, isto é, aceitaram entrar em um ambiente com lotação acima da capacidade, com uma porta de saída de pequenas dimensões, com uma banda que iria utilizar fogos em um ambiente fechado, causando a possibilidade de incêndio...

O certo não seria adentrar em um ambiente superlotado, fechado, com teto rebaixado e cuja banda fosse utilizar fogos.

Legisladores:

- Consoante informação do Prefeito da cidade, a boate cumpria a legislação. Ora, então as Leis de proteção à coletividade em estabelecimentos de diversões estão mal elaboradas, desatualizadas ou não está havendo fiscalização eficiente e, portanto, a apuração sobre as responsabilidades pela dita "fatalidade", devem ser dirigidas, respectivamente, aos legisladores e/ou ao Governador, já que a fiscalização é realizada pelo corpo de bombeiros, que pertence ao Estado. Outro problema é a ação morosa dos órgãos públicos...

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/tragedia-santa-maria-boate-kiss-um-ano-depois/noticia/2014/01/com-rigor-na-fiscalizacao-70-boates-de-porto-alegre-fecharam-apos-kiss.html
A informação contida no link acima, revela o opróbrio contido no âmago desses empresários. A ganância é tamanha que não sobra dinheiro para revisar os extintores. Por outro lado, também demonstra a ineficiência dos órgãos públicos, pois após a fiscalização ter sido feita pelo corpo de bombeiros a tramitação quanto a situação fica numa espécie de "limbo eterno". As empresas não regularizam a situação e continuam atuando. Cadê as multas pesadas? Cadê a real interdição? Se houvesse interdição em empresas cujo ganho é bastante elevado, vamos ver se os proprietários não iriam regularizar rapidinho a situação...
Governantes inúteis...
Órgãos públicos ineficientes...

Afirmo que tal fato lamentável não ocorreu por OBRA DO SATANÁS NEM VONTADE DIVINA OU ATÉ PELA FATALIDADE (QUE DEVE SER UM ENTE INVISÍVEL, COMO A MORTE, UMA POBRE COITADA QUE É ACUSADA CONSTANTEMENTE POR SEUS ATOS NEFASTOS). Como sempre, desgraças como essa resultam pelas omissões ou atitudes mesquinhas de pessoas irresponsáveis, negligentes, insensatas e que não aprendem com os exemplos deixados na história. O Brasil merece passar vergonha novamente, pois essa notícia é transmitida em todos os países.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/01/tragedia-em-santa-maria-e-destaque-nos-principais-jornais-do-mundo.html

OS TRÊS GRUPOS EXISTENTES.

Baseado em todas as informações divulgadas pela mídia, é patente concluir que há três grupos básicos de pessoas; uma minoria que denomino como “déspotas réprobos”, a imensa maioria dos “idiotas patéticos” e uma pequena porcentagem que considero como “esclarecidos oprimidos”. Os primeiros, munidos de suas apatias, ganâncias e malevolências, oprimem e massacram os grupos restantes. É óbvio que o segundo grupo merece todo o sofrimento, todavia lamento pelo terceiro, que padece injustamente por não ter força, em função do pequeno número de seus integrantes, para combater a relação sadomasoquista e tragicômica que se estabelece entre os dois primeiros grupos.   Visando esclarecer um pouco melhor a definição sobre os grupos, os “déspotas réprobos” seriam compostos pelos agentes que espargem a penúria. Utilizando-se uma figura geométrica como ilustração, uma "pirâmide" e suas camadas representando a magnitude do mal, políticos e empresários ocupariam o ápice da mesma. Já sabemos que a maioria dos políticos são seres réprobos, omissos, apáticos, que adoram utilizar o poder para se locupletarem. A maioria dos empresários, outrossim, buscam possuir o monopólio das riquezas em detrimento de muitos. Procuram comercializar coisas que deveriam ser gratuitas, como a saúde, educação e alimentação. Sei que é difícil de entender, pois vivemos num país capitalista, todavia quem é que disse que o capitalismo deve estar alicerçado sobre a ganância? O objetivo é lucrar, porém dentro de limites razoáveis, que não prejudiquem o próximo, gerando milhares de miseráveis. Enfim, muitos políticos e empresários, poderiam ser qualificados como seres trevosos elitizados. Peço que prestem atenção na palavra "muitos", pois ela define simultaneamente que não há generalização e indica que a grande maioria segue esse caminho obscuro.

Os assassinos, estupradores, traficantes e psicopatas estariam dispostos na camada central. São os agentes do mal empobrecidos pela própria elite malevolente. Deveriam se vingar deste elite ao invés de perturbarem os inocentes, não?

Por fim, a base, seria o espaço ocupado pela maioria dos terráqueos com seus defeitos asquerosos, como os mentirosos, maledicentes, invejosos...

O grupo central, isto é, os “idiotas patéticos”, incluem todas as pessoas que acreditam em “histórias infantis”, portanto, que votam e confiam em políticos (aqueles do ápice da pirâmide do mal). Essas pessoas se colocam na condição de “ovelhinhas” que necessitam de “pastores” para que estes criem uma espécie de significado para suas patéticas existências. Essas pessoas através dessa crença, acabam concedendo gratuitamente o poder aos trevosos que, através de suas omissões e irresponsabilidades, abrem espaço à ascensão dos integrantes da camada central. Isso equivale dizer que os idiotas patéticos são responsáveis indiretamente pela existência da miséria com o recrudescimento da violência.

É bastante óbvio afirmar que o último grupo é caracterizado pelas pessoas que despertaram a consciência. Estão atentas e não se permitem ser vítimas de engodos. Lamentavelmente esse grupo chega a 10% da população. Em face da inconsciência, obstinação e cegueira do segundo grupo, os "esclarecidos oprimidos" não conseguem unir forças para erradicar o mal através da eliminação do primeiro grupo. Convém frisar que a palavra utilizada, ou seja, "eliminação", não significa fuzilar os maus políticos e empresários, o que seria maravilhoso de assistir, entrementes derrubá-los pela tomada de consciência da maioria que perceberia que eles não são mais úteis ao progresso humano, já que buscam apenas a satisfação de seus interesses egocêntricos.

INTRODUÇÃO

   Muitas ideias escritas nesse blog fazem parte do livro de minha autoria, intitulado "Terráqueos" (não publicado), através do qual exponho meus pontos de vista acerca dos fatos que sucedem no mundo em razão das atitudes negativas dos seres que habitam esse orbe. Espero que meus argumentos possam auxiliar de alguma forma, pois somente por intermédio do conhecimento você terá material para refletir e, destarte, contribuir para um mundo próspero, cuja decisão pela prática de virtudes será o mecanismo responsável pela erradicação de toda a miséria intelectual e moral,  fontes das variadas mazelas sociais.