Prezados
senhores.
Remeti
recentemente mensagem a todos. Apenas dois vereadores responderam.
Vossas excelências sabem o que isso significa? Primeiramente
demonstra desconsideração, todavia tudo o que também significa não
ousarei dizer por educação e prevenção.
Hoje
fui para a parada e esperei, por volta das 18 h, na esquina da
Loureiro da Silva com a José do Patrocínio, um ônibus da linha
Cruzeiro do Sul ou Santa Teresa por quase meia hora. Acabei
desistindo de um compromisso.
Destarte,
saí da parada e atravessei a Loureiro da Silva a fim de ir para
casa. Estendi o braço para um carro da linha COHAB, após ter
esperado quinze longos minutos e o ônibus nem parou. Motorista
insensato e infeliz, não? Iria ele “salvar o pai da forca”?
Estaria atrasado em razão dos congestionamentos diários ou por que estaria atrasado em razão de conversinhas no final da linha? O motivo não
sei e nem quero saber, pois causam asco.
Eis
senhores, vossas excelências, que a humilhação não
parou por aí, pois há dentre muitas, outra classe trevosa que
habita esse orbe, conhecidos por “empresários”.
Após
passar o BIG Cristal, um paralítico fez sinal ao ônibus. O homem adentrou e o motorista ficou dezesseis minutos
tentando fazer com que o dispositivo de acionamento da porta
conseguisse fechá-la. Que desespero! O nervosismo estampado na face dos passageiros
era visível! Por que isso ocorreu? Os senhores sabem? É simples!
Os ditos empresários abjetos, não gastam com manutenção porque os senhores não criam textos de Leis voltados a multas elevadas e constantes para as empresas que não façam manutenção em seus veículos, limpezas semanais e descumpram os horários informados nos próprios sites.
O
que faço? Reclamo à empresa, para a EPTC ou aos senhores?
Bem,
respondo eu mesmo, acho que minha crítica resultará debalde.
Certamente os empresários ficarão rindo de mim, da EPTC e dos
senhores, uma vez que não há rigor nem punição. Será que isso
não os deixa indignados, isto é, saber que os empresários, em seus
momentos de intimidade, caçoam e pensam mal de vossas senhorias?
Essas desgraças diárias refletem apenas a "ponta de iceberg" de acontecimentos piores, ademais reiterados.
Posso mencionar quatro soluções para os empecilhos aludidos:
Uma
decorreria dos ditos “baderneiros” invadirem garagens pela
madrugada e incendiarem 65% da frota. Dessa forma, quiçá, teríamos
carros novos, funcionando adequadamente e com cheiro de veículos
limpos por alguns anos. Eu adoraria ver isso acontecer. Calma, não
pertenço ao grupo dos “baderneiros", sou um cidadão indignado. Não sou um brasileiro idiotizado que acha graça ou
permanece em silêncio frente a esses abrolhos causados por infâmia
de alguns, incompetência e apatia de outros.
Outra
solução que dependerá exclusivamente da minha decisão, seria
comprar um veículo, mas tenho certa relutância em razão dos impostos que me serão cobrados. Não é possível esperar nem acreditar que uma
mudança nesse panorama caótico realmente suceda, tanto pela
impossível evolução da consciência empresarial, assim como pela
competência dos órgãos públicos e/ou vontade política de quem
detém o poder e nada faz. Mudança por consciência, evolução
intelectual, moral e espiritual levará alguns séculos, já
que a imensa maioria dos terráqueos ainda são uns desventurados...
Dentro
do meu carro não estarei sendo pisoteado, esmagado, suportando
odores desagradáveis, além de chegar de forma mais célere nos
locais nos quais necessitarei estar.
A
terceira solução, diria utópica, por pertencer ao mundo dos meus sonhos,
mas querendo compartilhá-la, seria eu ser um ditador. Aí o Brasil conheceria o terror e,
paradoxalmente, a libertação. Se fosse preciso degredar metade da
população eu assim o faria. Aqui só ficaria gente decente!
A
última, estaria relacionada a uma revolução com muito derramamento
de sangue. Acham que sou louco? Então pensem bem e analisem a
história. Há como conversar com pessoas desprovidas de evolução, tipo
traficantes, assassinos, estupradores, proxenetas, empresários e tantos outros
seres trevosos... Há como fazê-los tornarem-se pessoas de caráter? É
patente que não, senhores.
Parecendo fugir um pouco do texto, cabe citar os denominados “protestos pacíficos”, que alguns almejam.
Como são estúpidos! Quando foi que protesto pacífico mudou alguma
coisa? É profícuo ressaltar que as pessoas de caráter se modificam
apenas com algumas conversas ao passo que os trevosos só respeitam
quando padecem pelo sofrimento ou pelo terror. Desse modo, o caminho pela violência é um mal necessário em certos momentos assim como ele foi na Revolução Francesa.
Resta "parabenizar" vossas excelências mais uma vez por "fazerem jus" aos seus
subsídios e "honrarem" a confiança depositada pelo povo através do
sufrágio em Porto Alegre. Ainda bem que me isento da insensatez de
escolher representantes que não me representam, pois assim não sou
responsável nem culpado pelo que aí está. Essa culpa cabe aos
irresponsáveis, aos que vendem seu voto e aos pobres de espírito
que não sabem o que fazem...
Cordialmente.
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