sexta-feira, 7 de março de 2014

DA PARADA DE ÔNIBUS, PASSANDO POR UM SENTIMENTO REVOLUCIONÁRIO, À ESPERANÇA PELA MUDANÇA...




Confesso que não sei por onde começar, tal a minha indignação...

Hoje, pela manhã, consegui sair mais cedo de casa, às 07 h 25 min e fiquei feliz, pois pensei que chegaria mais cedo em meu local de trabalho. Acreditei que acumularia algum crédito (banco de horas). Todavia tive que vivenciar a dura realidade suportada pelos denominados “pobres e oprimidos”, realidade essa, por sua vez, proveniente da ganância inexaurível e apatia de dois grupos de seres trevosos que habitam esse orbe: políticos e empresários.
Comecei minha jornada numa parada, presente à Av. Professor Oscar Pereira, próxima ao Motel dos Alpes, às 07 h 30 min, num bairro pobre de gente que nem deve saber o que significa o exercício da cidadania e certamente desconhece os benéficos frutos advindos da prática dessa constante ação. É importante ressaltar que essa avenida é coberta por várias linhas de ônibus, mas a demora é tamanha que incluí uma fotografia de como fica a parada (fig. 1). Cabe ressaltar que nesse bairro, chamado Glória, visitei reiteradas vezes minha avó quando ela era viva e vivia nesse país tenebroso. Desde aquela época, pouquíssimas coisas mudaram. A situação chega a ser surreal. Voltando do lacônico comentário, fiquei 40 minutos tentando entrar em algum ônibus, já que quando passavam, de quinze em quinze minutos, tempo absurdo de espera, vinham, obviamente, lotados. Finalmente, após transcorrido o aludido tempo, decidi viajar esmagado, com a sensação que eu era uma "sardinha enlatada”, já que é dessa forma que os pobres se deslocam para seus locais de trabalho diariamente...
O drama, porém, não termina no momento do embarque, porque depois existe o congestionamento (fiquei 20 minutos prensado dentro do ônibus para percorrer apenas 2 Km), outro abrolho causado pela inércia, insensibilidade e incompetência de gestores e servidores públicos, citando a Prefeitura, SMOV e a EPTC, por exemplo. Continuando o calvário, desci na Oscar Pereira próximo à esquina com a rua Dr. Malheiros. Atravessei para o outro lado com dificuldade, já que na prática, diferentemente do exposto no CTB, artigos 36, 38 – parágrafo único, 44 e tantos outros, a preferência é para os carros. Chegando ao outro lado vivo e incólume, fiquei mais 30 minutos esperando um ônibus infeliz da Carris, linha T3 (fig. 2). Utilizo tal adjetivo em razão da falta de vergonha de uma empresa que deveria dar bom exemplo...
Cheguei ao local onde exerço minhas atividades profissionais, enfim, meu trabalho, às 09 h 05 min, ou seja, uma hora e trinta e cinco minutos para percorrer apenas 3,2 Km
(https://www.google.com.br/maps/dir/Avenida+Professor+Oscar+Pereira,+4028+-+Gl%C3%B3ria,+RS/Avenida+Moab+Caldas,+400+-+Santa+Tereza,+RS,+90880-310/@-30.0762308,-51.2143867,15z/data=!3m1!4b1!4m13!4m12!1m5!1m1!1s0x951982b94b8c1923:0xbd69c99ae0b6410f!2m2!1d-51.1949559!2d-30.0840429!1m5!1m1!1s0x9519787c6f75f6cd:0xf0a75d7b3e0ba6f5!2m2!1d-51.2166366!2d-30.0691572). 
Tal absurdo só ocorre num país governado por seres que servem à Satanás, principalmente políticos do PT e empresários safados, quase todos “farinha já apodrecida do mesmo saco”.
Nesse momento este texto toma outro rumo, expressando meu íntimo. Na verdade, gostaria que sucedesse uma “Neo Revolução Francesa” nesse país caótico, tomado por trevas e podridão. Queria sonhar com a união de um povo enlouquecido, igual a enxame de abelhas, que ninguém pode deter. Queria ver essa força invadir Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas, Tribunais de Justiça, STJ, STF e por fim, o Congresso Nacional. Todos esses crápulas, sanguessugas de pecúnia alheia deveriam ser dependurados em praças públicas e serem totalmente lavados de cuspes por filas enormes de cidadãos revoltosos. Estas ações seriam mínimas, pois se estivéssemos em outros países, mais radicais, os monstros da pátria seriam sentenciados à morte por crimes contra a população. Ademais, por estes crimes serem delongados (há décadas que massacram o vulgo - agravante) e as possíveis soluções sempre procrastinadas. Entrementes, infelizmente, acordo para a triste realidade, cuja situação é a repetição dos escolhos indefinidamente na linha do tempo pelo motivo de vivermos inseridos numa sociedade cuja maioria dos indivíduos são mentecaptos, mal-educados, igualmente corruptos, transgressores e não sabem ou não querem exercer sua cidadania, enfim, quase todos patéticos.
É patente que esses crápulas não respeitam as pessoas, colocando poucos carros, que obviamente virão lotados, face ao número crescente da população. Por outro lado, esses cretinos agem desta forma porque outros canalhas, como políticos, gestores, fiscais e juízes, respectivamente, não criam Leis rigorosas, não punem, não fiscalizam e não condenam da forma que deveriam.
Assim, viveremos no Brasil, num eterno sonho por dias melhores, todavia mergulhados num inferno ardente, cujas labaredas merecidamente queimam os desventurados e lamentavelmente os autênticos e pacíficos cidadãos. Aguardo que haja uma grande revolta popular, mas como tal esperança está alicerçada em colunas utópicas, face à insensatez e incúria ao exercício da cidadania, rezo para que o fim venha do infinito e arraste consigo todas as criaturas miseráveis para um abismo em outro planeta...

Fig. 1 - Que abuso... 
(em minha última análise sobre esse texto, percebi que esta fotografia foi retirada pelos administradores do blog, por isso você não conseguirá ver a quantidade de pessoas que ficam esperando por um ônibus na parada). 


Fig. 2 - E nada do maldito T3 passar...




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